segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Orgulho de ser Paralímpico

Encerrou ontem o 14º Jogos Paralímpicos. E o Brasil mostrou que tem um grande potencial. Bom para começar quero dizer que não gostei da troca de nomes, antes chamado Jogos Paraolímpicos.

Fora isso foi tudo praticamente perfeito. Foram onze dias de muita alegria e descontração e claro superação. Mas muitos chegaram a pensar que seria um fiasco, porque no dia da abertura caiu uma chuva forte na cidade durante, mas no final da tarde, mas foi embora no exato momento que iria se iniciar a  cerimônia  que  ocorreu  com  céu  limpo,  muitos  fogos  de  artifícios  e  efeitos  especiais.

Já a festa de encerramento teve um grande show com a banda Coldplay e seu líder Chris Martin, que dividiu o palco Rihanna e com o rapper Jay-Z. O Brasil sede dos próximos jogos teve quinze minutos de apresentação, para mostrar o que os esperam no ano de 2016 e contou com show Carlinhos Brown, Thalma de Freitas e com Paralamas do Sucesso e tem mais espírito paraolímpico do que este,  colocar  no  palco  um  paraplégico.  Neste  show  o  Brasil  acertou  em  cheio.

Agora vamos ao esporte em si: o Brasil ficou em 7º lugar com 43 medalhas (21 de ouro, 14 de prata, 8 de bronze) superando Pequim que havia ficado em 9º lugar, apesar de ter mais medalhas no total 47 (16 ouro, 14 prata, 17 bronze).


Os maiores destaques estão na natação, onde o Brasil ganhou nove medalhas de ouro, seis com Daniel Dias (que bateu o recorde de medalhas) e três com André Brasil. Outro que merece destaque também é o atletismo, que rendeu sete ouros dando grande destaque Alan Fonteles, venceu o favorito Oscar Pistorius (seu ídolo), da África do Sul, nos 200 m rasos.


Sem falar do futebol de futebol que colocou o tricampeonato olímpico em seu currículo ao vencendo a França por 2 a 0.


Agora convenhamos durante os Jogos Olímpicos normais muitos brasileiros (e até mesmo atletas) chegaram a reclamar que não foram bem porque não há incentivo. Ai me pergunto “Os esportistas paraolímpicos tem algum incentivo???”. A resposta é não, o que eles tem é garra, força de vontade, raça e amor ao esporte. Com toda certeza o incentivo e patrocínio são muito inferiores aos atletas normais. Então não é hora dos mesmos se inspirarem nos paraolímpicos??? Acho que sim. Os brasileiros paralímpicos ganharam sete vezes mais medalhas de ouro do que os normais. Praticamente cinco vezes mais medalhas de prata. E olha que as modalidade são menores do que os Jogo Olímpicos e a duração também são apenas 11 dias. Imagine se houvessem mais categorias e mais dias, o massacre seria maior.

Atletas se inspirem nestes paraolímpicos, que caem na água não só duas vezes mais várias vezes e que sobem ao lugar mais alto do pódio por 9 vezes; nos que jogam com garra para se manterem campeões, coisa que os normais ainda não conseguriam. E com todo esse exemplo acredito que deveríamos mudar a tradicional frase dita (da boca para fora de muitos) e falar: “EU TENHO ORGULHO DE SER PARALÍMPICO”. Esses sim trazem a alegria do Brasil e a vontade enorme de bater no peito e dizer sou brasileiro.